Paulo Régis Neves Freire
Paulo Freire
Vida
Paulo Régis Neves Freire nasceu em 19 de setembro1921 na cidade do Recife. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Nessa época, casou-se com Elza Maia Costa Oliveira, com ela teve cinco filhos. Começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife, estudou filosofia na universidade de Pernambuco, foi professor de estória e filosofia da educação da universidade de Recife.
Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, na cidade de São Paulo, de infarto, em 2 de maio de 1997.
Obra
Em 1947 iniciou seus esforços na alfabetização de adultos no nordeste do Brasil, o método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco e logo em Rio Grande do Norte, fizeram reconhecer seu trabalho, quando em 1963 ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias.
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares, sofrendo a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
No exilio exerceu como assessor educativo de diversas instituições, entre elas a UNESCO, a Universidade de Harvard (Estados Unidos), o Conselho Mundial das Igrejas (CMI), no final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África.
Definiu a educação como um processo destinado a não domesticação, se não a libertação do indivíduo, através do desenvolvimento da conscientização.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
As ideias educacionais de Paulo Freire foram refletidas nos diversos ensaios que publico. Entre outros títulos, estão: Educação como Prática da Liberdade (1967), Pedagogia do Oprimido (1969) e Educação e Mudança (1976).
Obras do educador Paulo Freire:
- A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
- Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
- Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
- Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
- Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
- A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
- A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
- Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
- Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
- Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
- À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
- Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
- Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
- Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
- Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
Pensamento Freiriano em FORMACCE
A obra do pedagogo Paulo Freire inspira as praticas do grupo de Pesquisa FORMACCE enquanto seus aportes frente à importância do dialogo, a visão da educação como caminho para a libertação e a emancipação do pensamento, o desenvolvimento do pensamento critico, a horizontalidade no relacionamento entre maestros e educandos, entre outras tantas conceitos desenvolvidos desde o teórico-prático, fazem necessário inclui-los dentro das reflexões na área do currículo e formação.
Fontes consultadas:
http://www.periodistadigital.com/imagenes/2016/02/26/p.jpg
http://www.suapesquisa.com/paulofreire/
http://www.biografiasyvidas.com/biografia/f/freire.htm
http://educacao.uol.com.br/biografias/paulo-freire.htm